O Conselho de Desenvolvimento Local da FECOMERCIO-SP,
presidido por Jorge Carlos Silveira Duarte,
realizou seu segundo encontro com representantes da Sociedade Civil e
autoridades públicas para construir uma metodologia de elaboração de Planos de
Bairro.
A ideia é que ao final seja editada uma cartilha que possa
auxiliar as comunidades a catalisar
processos de desenvolvimento social locais.
Nesta ocasião, estiveram presentes o vereador José Police
Neto e o subprefeito de Pinheiros - Angelo Filardo
Jr. Também estiveram representados os
mandatos dos vereadores Ricardo Young , Floriano Pesaro e Nabil Bonduki,
através de seus assessores Gil Scatena, Paulo
Uehara e Gustavo Freiberg.
Jorge Ifraim fez a
apresentação da Metodologia proposta pelo Movimento Santana VIVA, que está
iniciando o Plano de Bairro do Distrito de Santana.
Disse que a ideia foi aproveitar as "lições
aprendidas" e as "melhores práticas" dos processos de Plano de
Bairro que se desenvolvem na capital paulista.
De PERUS foram utilizadas as ideias de um Grupo de Trabalho
Técnico, formado por urbanistas e especialistas em Educação, Saúde, Segurança,
Transportes, Cultura, Lazer, etc. para apoiar o trabalho dos cidadãos, a
subdivisão da área do distrito em menores
- UAMs (Unidades Ambientais de Moradia), que farão seus encontros locais
em Rede trazendo subsídios para os encontros gerais que se realizarão num
auditório para 320 pessoas (Colégio Colégio Luíza de Marillac - primeiras 2a. feiras do mês às 19h) e a idéia de se ter
futuramente um Projeto de Lei que formalize as propostas.
Do Plano de Bairro de Bela Vista, as reuniões em “World
Café” para os encontros locais – divisão em subgrupos de 3 a 6 pessoas que
discutem o tema, consensuam idéias e escolhem um membro para apresentar ao
grupo. Depois que cada subgrupo apresenta, é consolidada uma posição geral
daquele coletivo.
Do Plano de Bairro de Vila Pompéia a utilização da Plataforma
CIDADE DEMOCRÁTICA (http://www.cidadedemocratica.org.br/), que permite ao
cidadão participar ativamente na apresentação de demandas, projetos,
comentários, indicação de preferências, etc.- mesmo que de forma virtual
E falou da importância de estabelecer metas intermediárias e
concentrar esforços em conquistá-las, celebrando com o grupo. Isto faz com que
as pessoas se estimulem a continuar no processo e tragam mais participantes. No
caso de Santana, citou uma praça que foi conquistada com a mobilização popular
e um processo de gradeamento que ganhou a cobertura da grande imprensa
paulistana e foi revertido. Agora avança o processo de se ter no local um
Corredor Verde com ciclovia, que requalificará toda a área.
Em seguida Eduardo (SENAC) apresentou o processo do município de Itirapina, que se desenvolve há 3 anos.Informou que em 9.dez.11 foi feito um "Pacto para o desenvolvimento Local" - e que o prefeito atual da cidade incorporou vários itens em seu Plano de Governo. Comentou ações desenvolvidas em áreas como Turismo, Artesanato e Gastronomia. E o apoio conquistado junto ao empresário Pedro Paulo Diniz (Grupo Pão de Açúcar), que fez um aporte de R$ 175.000,00 no Projeto.
Maria Paula Puglisi Yoshihara
(mediadora da Rede Social Bela Vista e assistente social do SENAC)
mostrou o histórico do Plano de Bairro da Bela Vista, destacando a importância
de se estabelecer relações de confiança no grupo e do cidadão se
"apoderar" do mesmo , o que gera a sustentabilidade do Plano.
Explicou as iniciativas "Apaixonados pelo Bixiga", "Se esta
Praça fosse Minha", "Te encontro na Praça", e a caminhada
fotográfica.
O subprefeito de Pinheiros Angelo Filardo Jr., que é
arquiteto e urbanista, falou da agenda congestionada do primeiro semestre, em
que se está se priorizando o tema Plano Diretor, que envolve diversas Audiência
Públicas temáticas e regionais. E comentou da dificuldade de se se marcar
limites em uma cidade como São Paulo. E citou 3 dimensões que impactam no caso
de Pinheiros:
1. A enorme dimensão da subprefeitura, que pega a faixa
oeste do espigão da Paulista dividida em 4 distritos, englobando áreas tão
diferentes como Itaim e Brooklin.
2. O "estranhamento", que é uma oportunidade dos
diferentes atores sociais do território chegarem num acordo pactuado.
3. A possibilidade de subdividir a área em "polígonos
que se sobrepõem", formando camadas que se complementam.
O encontro teve então um momento de perguntas e reflexões
muito profundas sobre o tema.
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